Protesto contra a troika a 1 de Junho junta 70 cidades de dez países
“Povos unidos contra a troika e a austeridade” é o slogan da manifestação convocada pelo movimento Que se Lixe a Troika. Concentrações estão agendadas em frente a Instituições Europeias.
Contra a “desordem económica e o colapso social”, Espanha, Grécia, Itália, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, França, Áustria e Holanda juntam-se num protesto que pretende alertar para “o retrocesso civilizacional imposto pela troika.”
Em Portugal, 17 cidades já confirmaram que se irão juntar à manifestação. Em Lisboa, que deverá ser o centro dos protestos, o percurso começa em Entrecampos, passa pela delegação do FMI, na Avenida da República, e termina na Alameda.
Marco Marques, um dos rostos por trás da organização deste protesto, disse ao PÚBLICO que o facto de a convocação estar a ter “tanto sucesso” é a prova de que “os povos europeus estão contra a política de austeridade e contra as troikas”. Para o membro do Que se Lixe a Troika, a resposta tem de ser internacional, uma vez que “este é um plano europeu editado pelo directório Merkel, Barroso e governantes europeus.”
Marco Marques vinca que o protesto do próximo dia 1 de Junho pretende “dar um sinal mais óbvio de que os povos da Europa não vão ficar parados a ver as suas vidas desaparecer por entre as mãos.”
No comunicado enviado ao PÚBLICO, o movimento Que se Lixe a Troika apela a todos os povos europeus para que, “a uma voz”, protestem contra a austeridade e contribuam para “fazer da solidariedade uma realidade na Europa”. Os membros do movimento sublinham que o dia 1 de Junho irá marcar o início da luta pela democracia na Europa, que consideram estar actualmente em risco.