Associação quer que calçada portuguesa seja considerada património nacional e mundial
ADPLx espera que não se avance com a substituição da calçada em alguns locais da capital, como se prevê.
Para evitar que a Câmara de Lisboa (CML) retire a calçada portuguesa de alguns locais da cidade, a ADPLx reuniu com partidos políticos para transmitir a sua mensagem. “A associação está empenhada em elevar a calçada portuguesa a património nacional, daí a nossa acção de sensibilização junto dos grupos parlamentares, para além da nossa intenção em falar com os grupos municipais”, diz a presidente, Aline Hall de Beuvink, num comunicado de imprensa divulgado esta quinta-feira.
“Não iremos descansar enquanto a calçada portuguesa não for reconhecida como património nacional. E lutaremos para que a UNESCO a considere património mundial”, afirma. A associação defende que a calçada portuguesa, “como imagem de marca de Portugal”, deve ser valorizada devido à sua “importância a nível histórico, cultural e patrimonial”.
A deputada Cláudia Madeira, d’"Os Verdes", disse, segundo o comunicado, que estavam “disponíveis para acompanhar esta iniciativa da Associação”. Por sua vez, o Bloco de Esquerda concorda em dar apoio ao longo deste processo. E o CDS-PP também, estando receptivo à problemática, ainda segundo o comunicado.
Em causa está a proposta da CML de substituir progressivamente ruas e passeios de “calçada sem qualidade” por outro tipo de pavimento, ainda não definido. A preservar fica a “calçada artística”, que consideram ser de “inegável valor patrimonial”, lê-se no Plano de Acessibilidade Pedonal da câmara.
Esta quinta-feira à noite, a ADPLx vai participar num debate na junta de freguesia de Campo de Ourique com o tema “O fado da calçada portuguesa”. Na conferência participará também o coordenador da equipa do Plano de Acessibilidade da CML, Pedro Homem de Gouveia, e um membro do Fórum Cidadania Lisboa, Luís Marques da Silva.