Gavetas que não são gavetas, são caixas de luz e que nos dividem entre o interior e o exterior, o aberto e o fechado. O fechado é o que guarda, o que mantém, o que preserva. O aberto é o que comunica, revela, molda e incentiva – é o íntimo. Como cápsulas contraditórias e opostas, representantes do tempo e das colecções de Alexandra Rafael, de Coimbra, que se destacou entre quase meia centena de obras de artistas nacionais e internacionais.
Chama-se “Recolhas”, venceu a nona Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde e pretende “arrumar o que existe, de forma a limpar as ideias, trabalhando a diversidade enquanto construção de uma identidade”. A obra foi desenvolvida durante o mês da residência APNEIA, um projecto de programação artística, que ao longo de um ano e meio, realizou cinco residências de cruzamento de artistas.
As cinco residências foram compostas por duplas e desenvolvidas pelos artistas Hugo Soares, João Gigante, Reis Valdrez, João Espírito Santo e coordenado por Carmo Azeredo, para a Saco Azul. O projecto APNEIA desenvolve-se em torno do DINAMO10, a “espalhar magia desde 2011”.
A inauguração de “Recolhas” está marcada para dia 24 de Junho, pelas 15h, no DINAMO10 (Viana do Castelo, Rua do Trigo, 55) e estará patente até 29 de Julho.