Financeiramente educado
A educação financeira contribui para dar resposta aos desafios da banca digital.
O forte apelo ao consumo e ao endividamento, onde o acto de comprar é uma experiência agradável, seja em espaço físico ou online, e o acto de pagar uma acção instantânea, quase invisível, levam a tomadas de decisão por impulso.
A rápida evolução do sistema financeiro, com o surgimento de novos meios de pagamento e de empresas tecnológicas, veio ao encontro do consumidor, aumentando a oferta de produtos e serviços.
As crises económicas e financeiras, os problemas de natureza pessoal ou familiar, como a doença, o desemprego, o divórcio e o inesperado, são motivos para maior educação financeira.
Por outro lado, os portugueses são aliciados a contrair dívidas em momentos económicos mais favoráveis, empurrados pela publicidade, especialmente em certas épocas do ano como Natal ou época dos saldos. Vive-se um ambiente económico de estímulo ao consumo.
São ainda insuflados da sensação de maior poder de compra através das linhas de crédito ao consumo. Contraem dívidas de crédito à habitação superiores ao prazo médio de utilização. Já não permanecem na mesma casa para toda a vida.
Quanto maior for a qualificação académica do consumidor, melhor preparado está para discutir com os bancos, permitindo a comparação da oferta. A literacia financeira vem alargar a todas as famílias a capacidade da tomada da melhor decisão financeira em função da informação disponível. Passar a gerir da forma mais eficiente os recursos financeiros.
Hoje, a capacidade de poupança é reduzida. É essencial entender a origem dos rendimentos e a sua melhor aplicação.
Por outro lado, em linha com os desafios da banca digital, deve ser promovida a educação financeira, a fim de diminuir o risco de incumprimento.
O banco físico das 9h às 17h tende a desaparecer, dando lugar a plataformas electrónicas e ao surgimento de novos serviços financeiros para as famílias.
A supervisão da actividade financeira será mais eficaz se os cidadãos forem dotados de literacia financeira. Assim, é vital estender o plano nacional de formação financeira existente.
A educação financeira é decisiva para uma cidadania activa, levando a tomadas de decisão esclarecidas e prudentes. Com vista ao apoio da inclusão financeira, hábitos de poupança e recurso responsável ao crédito e melhoria do bem-estar financeiro individual e da sociedade.