A Casa de Messines e a natureza fundem-se numa “combinação perfeita de paz”

Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fotogaleria
Fernando Guerra / Últimas Reportagens

Longe do turismo algarvio, os montes de Silves escondem um refúgio. Através das várias largas janelas e entradas, a contemporaneidade da Casa de Messines está em constante conversa com 300 metros quadrados de natureza ao seu redor. No terraço, a luz do sol aquece ainda uma piscina suspensa.

“É uma paz enorme complementada por uma casa”, diz Vítor Vilhena, o autor da obra, em conversa com o P3. Neste projecto, o arquitecto de 47 anos procurou não só aproveitar a luz natural, mas também explorar a fusão do interior com o exterior, principalmente na área mais social da casa: ao deslizar as janelas, a sala é "absorvida pelo landscaping e a parte exterior é absorvida pela parte interior”. “Um todo num único espaço”, descreve. Com a intenção de criar uma “área fluída”, as zonas de convívio, jantar e a cozinha partilham as mesmas paredes, sendo que esta última área pode ser ocultada através de um painel móvel.

A habitação, construída em 2018, também aproveitou vários elementos da construção anterior. A anterior configuração da casa foi mantida em certos aspectos, sobretudo na disposição das portas e janelas dos três quartos: “O ritmo de portas foi transposto para o ritmo dos quartos.” Cada uma destas divisões dispõe de uma casa de banho privativa.

Além de uma garagem, arrecadação, lavandaria e de um pátio exterior, a casa dispõe de um terraço com piscina. Contudo, para combater a “rigidez e o corte demasiado afinado da arquitectura”, Vítor decidiu utilizar a “tradicional” tijoleira de Santa Catarina para cobrir o topo da habitação: “É produzida à mão, o que lhe dá uma característica e uma diferenciação de peça para peça. Em 20 temos tonalidades diferentes.”

Os traços modernos da casa, como a forma rectilínea e a cor branca, procuram criar “uma nova referência” sem ser “abrupta” entre os vales e montes de São Bartolomeu de Messines. Nos vários projectos que o atelier de Vítor Vilhena assina, o arquitecto procura sempre promover o “conforto e o bem-estar”, algo que julga ter conseguido na Casa de Messines: “A relação com o landscaping é uma combinação perfeita de paz.”

Fernando Guerra/ Últimas Reportagens
Fernando Guerra/ Últimas Reportagens
Fernando Guerra/ Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra/ Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens
Fernando Guerra / Últimas Reportagens