César diz que é “mobilizador”, Negrão quer políticos “mais ousados”

Líderes parlamentares do PS e do PSD subscrevem palavras do Presidente da República no discurso do 10 de Junho.

Carlos César representou o PS nas comemorações do 10 de Junho
Fotogaleria
Carlos César representou o PS nas comemorações do 10 de Junho Nuno Ferreira Santos
Fernando Negrão representou o PSD nas comemorações do 10 de Junho
Fotogaleria
Fernando Negrão representou o PSD nas comemorações do 10 de Junho Nelson Garrido

O presidente do PS e líder da bancada parlamentar socialista, Carlos César, considerou o discurso do Presidente da República nas comemorações do 10 de Junho “especialmente mobilizador no que toca àquilo que há de bom no nosso país e também é especialmente mobilizador para aqueles que acham que o nosso país precisa de melhorar” e defendeu que o Estado deve “ser capaz de responder a fenómenos como a emergência da corrupção” ou “abuso de poder”.

Também o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, classificou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa “como um discurso de mobilização dos portugueses, chamar os portugueses à vida de cidadão e à vida política, chamar os portugueses à construção de Portugal”, salientando ainda que o discurso aponta para que “aqueles que são responsáveis, designadamente os políticos, têm responsabilidades que não devem exercer com tanta limitação, devem ir mais longe, ser mais ousados, sendo mais ousados na defesa dos interesses de Portugal e dos portugueses”.

Para o líder parlamentar do PS, é “muito importante” que haja a “consciência do valor” que o país tem, “daquilo que tem gerado confiança no nosso próprio país, com os cidadãos, com os investidores”, mas, ao mesmo tempo, também é necessário ter consciência daquilo “que tem corrido menos bem”. Sobre a referência à corrupção feita pelo Presidente, César sublinhou que, “felizmente, para fenómenos como a corrupção, só a democracia lhes dá resposta, porque em ditadura eles não são reconhecidos e, muitas vezes, nem sequer conhecidos”. Razão pela qual o Estado deve ser “capaz de responder a fenómenos como a emergência da corrupção, a manifestações de abuso de poder ou as falhas que os próprios serviços públicos também ainda têm”.

Igualmente a capacidade de resposta dos políticos enquanto gerador de confiança foi salientada por Carlos César: “Desde logo cumprindo aquilo com que nos comprometemos quando, a diversos títulos, os políticos se candidatam para o exercício do poder. É muito importante que a melhoria da confiança dos portugueses nos seus eleitos ocorra. E frisou que “é também muito importante” que os políticos “melhorem a satisfação dos seus compromissos”.

Por seu lado, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão defendeu que o abandono do interior “é um problema central da política portuguesa nos últimos anos”. Isto porque, sustenta, “aquilo que tem acontecido no interior do país é o reflexo de que o Interior do país tem sido abandonado”. E frisou que “é preciso criar políticas para o interior, é preciso maior preocupação com o interior e é preciso acabar com esta diferença, este fosso que existe entre o litoral e o interior”.