O fiel funileiro
José Vieira começou relativamente tarde, e foi o primeiro a surpreender-se com o seu próprio talento. Filho e neto de funileiro, até pegar na arte da latoaria não tinha consciência das coisas incríveis que seria capaz de fazer a partir de uma folha de chapa. Felizmente, descobriu-se a tempo.
O funileiro não sabia que sabia. Mas sabia. Se sabia. Passava horas na oficina do avô — que depois passou para o pai — entre latas, baldes e regadores, funis e folha flandres, tesouras, bilhas de azeite, cântaros de vinho e de água, canecos e alicates, martelos e tornos, candeias e lamparinas.
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