RTP Andamento leva música portuguesa para a relva da Alameda

Primeira edição do evento vai contar com a participação de Xana Toc Toc, BMRNG, Dillaz, Selma Uamusse, Salvador Sobral, António Zambujo e Pedro Abrunhosa.

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Pedro Abrunhosa, que encerrará o festival, vai revisitar o seu álbum de estreia, Viagens, que cumpre 25 anos em 2019 PAULO PIMENTA

No próximo dia 15, a RTP vai levar à Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, um conjunto ecléctico de artistas portugueses. Xana Toc Toc (11h30), BMRNG (14h), Dillaz (15h), Selma Uamusse (16h30) Salvador Sobral (18h), António Zambujo (19h30) e Pedro Abrunhosa (21h) compõem o alinhamento da primeira edição do RTP Andamento, um festival de entrada gratuita que terá transmissão em directo para todo o país através de vários canais do universo RTP.

“Quisemos organizar um festival que reflectisse o universo musical do grupo RTP e os múltiplos discursos das rádios: Antena 1, 2, 3, África, Internacional e Zig Zag”, explicou esta tarde numa conferência de imprensa o radialista Henrique Amaro, programador do evento, que salientou a importância de os concertos acontecerem na Alameda, descentralizando uma oferta que considera estar muito concentrada na zona histórica da capital.

A celebrar os 25 anos do seu primeiro álbum, Viagens, Pedro Abrunhosa, que encerrará o evento, irá dedicar o concerto ao disco que lançou êxitos como Não posso mais, Socorro ou Tudo o que eu te dou. “Não sou um nostálgico”, disse o artista, também presente na conferência de imprensa. “São raras as vezes em que me dou ao luxo de celebrar o que já fiz, mas neste caso são 25 anos e eu nunca fiz nenhuma celebração com este disco, pelo que decidi fazer um concerto em que oferecesse uma perspectiva de modernidade e alguma distância. Vou apresentar-me com músicos, arranjos e uma atitude diferentes.”

Já Selma Uamusse, que há um ano lançou o seu disco de estreia, Mati, espera que quem vier ao seu concerto consiga ver para lá das influências moçambicanas que articula na sua música, indissociável “do facto de ser mulher negra africana”. “Todos carregamos um legado, e devemos enaltecê-lo, mas eu não me quero focar nisso. Devemos fazer-nos valer pelo talento, independentemente do nosso género e da nossa etnia.”

Através do Festival da Canção, a RTP desempenhou um papel fundamental no crescimento meteórico de Salvador Sobral, que considera por isso uma “grande honra” o convite para tocar na Alameda. O músico que este ano lançou o seu mais recente álbum, Paris, Lisboa, explicou que o foco do concerto vai ser o disco, mas prometeu não se esquecer das músicas mais antigas. “Vamos visitar faixas do primeiro disco [Excuse me, de 2016] e talvez músicas novas de um eventual terceiro. Quem nos vier ver pode esperar sempre muitos momentos de improviso, comunicação entre os músicos e espontaneidade.” Texto editado por Inês Nadais

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