A destruição da pintura verde
É uma história de descida ao Inferno e destruição. Durante o PREC, uma das importantes Pinturas Verdes de Fernando Calhau acabou dada como lixo e deixada numa cave junto a uma caldeira de aquecimento. Apenas a primeira de várias etapas de degradação. Uma narrativa de ruína que duraria três décadas, até ao reencontro.
Foi no final de 1998, ano de Exposição Mundial, quando Lisboa virava a oriente e se abria em luz e optimismo. Fernando Calhau fazia então o caminho inverso —, começava a despedir-se (1948-2002). E foi nessa recta de despedida que, um dia, estando a jantar no conhecido restaurante Baluarte, em Cascais, percebeu que a tela com uma paisagem que servia de decoração ao espaço era, na verdade, a maior das suas conhecidas Pinturas Verdes dos anos 1970 — uma tela de quase dois metros por dois (1,95x1,95), entretanto completamente alterada e assinada por outrem.
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