Santarém Sem Touradas: uma performance para “ilustrar o sofrimento animal”

À porta da praça de touros Celestino Graça, que recebe este sábado à tarde uma corrida, o movimento Santarém Sem Touradas agendou uma performance. Os activistas vão simular bandarilhas espetadas e pintarão os corpos com “sangue falso”

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Jon Nazca/Reuters

O movimento Santarém Sem Touradas realiza este sábado, 26 de Setembro, uma performance para “ilustrar o sofrimento” dos touros na arena, numa “acção de sensibilização” em frente à praça de touros Celestino Graça, antes da corrida agendada para as 17h00.

Maria da Guia, porta-voz do movimento, disse à Lusa que, ao contrário das acções anteriores, iniciadas na corrida realizada em Março de 2019, no âmbito das festas da cidade, “desta vez não haverá protestos nem uma manifestação ruidosa”. “Faremos uma acção de sensibilização para mostrar o sofrimento a que os animais são submetidos durante as touradas”, disse, afirmando que os activistas simularão bandarilhas espetadas e pintarão os corpos com “sangue falso”.

Mais do que os espectadores da tourada, a acção visa “quem passa e tem sensibilidade em relação ao sofrimento animal”, disse. O movimento espera reunir entre 25 e 30 activistas, os quais, devido à actual situação de pandemia da covid-19, usarão máscara e estarão distanciados cerca de dois metros entre si, acrescentou. A acção vai iniciar-se cerca das 16h00, no passeio situado do lado oposto à praça de touros, e será partilhada na página do Facebook do movimento

A corrida agendada para as 17h00 de sábado na Monumental Celestino Graça, promovida pela associação Praça Maior, vai ser a única tourada da época na maior praça do país, decorrendo ao abrigo de um plano de contingência aprovado pela Unidade de Saúde Pública, que impõe um lugar de separação entre cada espectador, mesmo sendo da mesma família, e o uso de máscara durante todo o evento.

“A corrida decorrerá de acordo com as regras actuais, pelo que não existirá intervalo nem voltas à arena”, refere um comunicado da associação, indicando que as portas abrirão pelas 15h15 para evitar aglomerações.

A Praça Maior alerta que, “ao mínimo deslize”, se corre “o risco de o Governo, que não tem escondido a sua preferência antitaurina, voltar a proibir a realização de corridas de toiros” e apela ao civismo e ao cumprimento das limitações que decorrem da pandemia.