Rodeado de megafauna, Gonçalo Curveira Santos andou a espiar carnívoros na África do Sul
Biólogo português passou oito meses na África do Sul a avaliar a resposta dos carnívoros a diferentes modelos de gestão e conservação da vida selvagem. Recorrendo a 294 câmaras espalhadas por 700 quilómetros quadrados, avaliou o papel das áreas protegidas e reservas privadas na conservação de 13 carnívoros. Os resultados destacam a importância das áreas protegidas.
Bem cedo, às 5h, começa mais uma saída de campo de Gonçalo Curveira Santos e da sua equipa pela savana de KwaZulu-Natal, no Nordeste da África do Sul. Todo o cuidado é pouco e os sentidos devem estar bem despertos. Muita atenção aos sons, ao vento, que não deve soprar a favor do grupo para evitar que os grandes mamíferos sintam o cheiro humano, e às aves, que consoante o local onde pousam permitem antecipar a presença de herbívoros intempestivos, como os rinocerontes-negros. A rotina foi esta durante oito meses, entre 2017 e 2018, para a equipa de investigadores liderada pelo biólogo português, que avaliou a resposta de 13 espécies de carnívoros aos diferentes modelos de gestão e conservação naquele país da África austral: áreas protegidas, reservas privadas de ecoturismo, fazendas de caça e comunidades tribais.
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