“Encham-me a montra com flores” — os últimos dias da Campos Trindade, onde os livros cheiravam a amor

É uma livraria-alfarrabista histórica do Chiado, em Lisboa, que fecha, pondo fim a um ciclo de 44 anos. Mas Bernardo Trindade promete não deixar morrer o espírito da loja fundada pelo seu pai, Tarcísio, o bibliófilo que descobriu o livro mais antigo impresso em português. Eles são os guardiões temporários dos livros que têm cheiro e alma. E não os vão deixar sem casa.

chiado,alcobaca,historia,culturaipsilon,livros,lisboa,
Fotogaleria
chiado,alcobaca,historia,culturaipsilon,livros,lisboa,
Fotogaleria
chiado,alcobaca,historia,culturaipsilon,livros,lisboa,
Fotogaleria
chiado,alcobaca,historia,culturaipsilon,livros,lisboa,
Fotogaleria

A chave que Bernardo Trindade tira de uma gaveta e coloca em cima da mesa é grande, pesada, parece feita para fechar princesas em torres de castelos. A primeira vez que, há muitos anos, tentaram abrir com ela a porta da biblioteca de um palácio próximo da Sé de Lisboa, não funcionou. Para chegar ao tesouro guardado por aquela chave, foi preciso oleá-la e, então, sim, a porta abriu-se. Do outro lado, recorda Bernardo, havia uma espécie de véu, “como se fosse algodão-doce”, feito de um século de teias de aranha.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 12 comentários