Câmara de Lisboa prolonga candidaturas a apoios a fundo perdido em dia de abertura de esplanadas
O programa de apoio municipal, Lisboa Protege, já ajudou mais de 4000 entidades no valor de 23 milhões de euros desde o início da pandemia de covid-19.
No dia que marcou o início da segunda fase do desconfinamento e a consequente abertura de esplanadas, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, visitou alguns restaurantes e esplanadas localizados no Parque das Nações, onde fez um balanço dos apoios dados a estes empresários, que representam metade dos pedidos que chegam à autarquia.
Paula Mateus, proprietária do restaurante D´Bacalhau, afirmou que, durante a pandemia, os apoios a fundo perdido atribuídos pela autarquia foram essenciais para fazer face às dificuldades causadas pelo confinamento. Paula chegou a afirmar que graças a estes apoios, “não houve falhas com empregados e colaboradores”.
No dia em que muitos deixaram de ter de vender apenas ao postigo, Fernando Medina visitou vários restaurantes com o intuito de dar aos seus trabalhadores uma “palavra de força e incentivo”.
O autarca explicou que esta visita às esplanadas se deveu ao facto da restauração ter sido um sector com que houve bastante diálogo desde o início da pandemia devida às necessidades de apoios, principalmente no âmbito do programa Lisboa Protege.
De acordo com dados divulgados pelo presidente do município, mais de 50% dos pedidos de apoio que chegaram à câmara, no âmbito do Lisboa Protege, vieram do sector da restauração. Cerca de 25% tiveram origem noutro tipo de comércio e os restantes 25% abrangeram os mais variados sectores.
Medina destacou que “a câmara tem conseguido pagar muito rápido” e os apoios têm chegado “a tempo e horas”, auxiliando a restauração e comércio com valores entre os mil e dez mil euros. O presidente da câmara adiantou que cerca de quatro mil entidades já solicitaram o apoio municipal, sendo que foram entregues 23 milhões de euros.
A autarquia decidiu assim prorrogar as candidaturas ao segundo programa de apoio a fundo perdido (Lisboa Protege) aos restaurantes e comércio da cidade até 30 de Junho.
Paula Mateus afirmou que, enquanto proprietária de um restaurante, “todas as ajudas são bem-vindas”. E não escondeu que a abertura de esplanadas é, por si só, um sinal positivo e demonstrou-se esperançosa quanto ao futuro. Assegurou ainda que “todas as normas de segurança no restaurante são cumpridas” e espera que as pessoas tenham as devidas precauções de modo a que se possa caminhar no sentido do desconfinamento total.
Fernando Medina, ao ser questionado sobre a abertura de esplanadas, disse que “a esperança e expectativa é que tudo corra bem e em segurança” porque o objectivo passa pela manutenção de “números baixos para que não seja uma abertura seguida de um fecho” e, assim, outros sectores económicos consigam reabrir.
Texto editado por Ana Fernandes