Cabo Delgado: as marcas psicológicas da guerra são de difícil tradução

O apoio psicossocial é a primeira barreira para evitar cicatrizes maiores na nova geração marcada pelo conflito no Norte de Moçambique. Não resolve problemas psiquiátricos, mas pode ajudar a reactivar uma vida normal com que tantas famílias sonham.

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Paulo Pimenta
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Sempre que a ajuda alimentar chega, Ernestina Crisan sente-se feliz. Veio para Silva Macua, que também se chama Salaué e Sunatia, localidade a 80 quilómetros de Pemba, capital de Cabo Delgado, como milhares de outros deslocados do conflito, à procura de um porto de abrigo da violência jihadista mais a Norte. Veio de Muambula, a aldeia onde ficava a missão católica de Nangololo, a segunda mais antiga da província, as duas destruídas pelos insurgentes. Agora, sente-se em paz nesta comunidade.

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