É impossível falar do Mundial 2022 e falar apenas de futebol, por tudo o que aconteceu antes, o que tem acontecido agora e o legado que vai deixar. O Mundial que o Qatar organizou terá sempre a sombra dos milhares de trabalhadores migrantes que morreram nos últimos 12 anos a construir estádios e outras coisas, terá sempre a sombra da corrupção sobre si, será sempre um Mundial organizado por um país com leis que criminalizam a comunidade LGBTQ+ e em que as mulheres não têm o mesmo direito que os homens. E, no entanto, o último dia deste Mundial terá um jogo que nos oferece uma narrativa futebolística irresistível: um génio que tem uma última oportunidade de se equiparar a outro génio; e um campeão do mundo a tentar consolidar o seu lugar como uma das melhores equipas de sempre.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.