Quase no final de The Sheltering Sky (O Céu Que Nos Protege, na versão portuguesa), a história de Paul Bowles que se desenrola no Sara argelino, há uma passagem em que Kit, uma das personagens principais, é arrastada na sua provação através do labirinto de passagens e câmaras escuras de uma imensa construção em terra. Podia bem ser uma casbah, que é o que a descrição de Bowles nos permite imaginar: “Later when she was alone in the dark she remembered a chaos of passageways, stairways and turnings, of black spaces beside her suddenly lighted for an instant by the lamp Belqassim carried (…), of tiny courtyards, and of places where she had to stoop to pass through…” Quem não pressente a semelhança? A pedra de toque é a babilónia de recantos que podem ser recenseados em muitas casas e lugarejos fortificados da região, onde as ruas são ocupadas por estreitas e escuras galerias em que uma rara nota de luz chega só através de brevíssimas lucernas.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.