Em Beja, o Alentejo deixa-se descobrir com vagar
Beja merece ser descoberta com vagar. É preciso dar tempo às mãos que moldam o barro, entrelaçam o buinho ou amassam o pão – e aprender experienciando – para se ouvirem histórias vivas de tradições.
Do topo da torre de menagem, no castelo de Beja, a vista parece abarcar todo o Alentejo, por léguas e léguas de terra, tal é a planura da paisagem, fechando-se o horizonte apenas nas serras algarvias, a sul, e nos Picos de Aroche, a leste, já para lá da fronteira espanhola – elevações montanhosas que daqui parecem singelas rugas no manto verde. Ao contrário do que a vista privilegiada poderia levar a pensar, no entanto, não foi para “controlar tudo à volta” que se ergueu uma torre em Beja com cerca de 40 metros de altura, tornando-se, “se não a mais alta”, pelo menos uma das “três mais altas da Península Ibérica”, conta André Tomé, arqueólogo e técnico de turismo e património da autarquia. Não tinha tanta importância o ver quanto o ser vista.
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