A 4 de Fevereiro de 2022, Pablo González esperava para entrar em directo no canal de televisão La Sexta. Há um mês que era correspondente da estação no Donbass, mas levava oito anos — desde a revolta da Praça Maidan, em 2013 — a cobrir o conflito entre nacionalistas ucranianos e separatistas pró-russos. Para contextualizar o ambiente bélico que então se vivia, elegeu como pano de fundo um grupo de militares ucranianos em exercícios. O sinal de entrada em directo tardava e os soldados começaram a desconfiar daquele homem, há 45 minutos especado em frente a uma câmara, debaixo de neve. Inspeccionaram-lhe o telemóvel e fotografaram-lhe a identificação. Horas depois, recebia um telefonema: devia comparecer nas instalações dos serviços de inteligência ucranianos o mais rápido possível.
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