Depois do sismo, nas aldeias da montanha: “Temos muito pouca comida para tantas pessoas”

Nas aldeias mais remotas, onde se chega através de estradas rodeadas de escombros, a preocupação é agora cuidar dos vivos.

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Tiago Lopes
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Ahmad Amarigh estava a dormir profundamente quando as primeiras pedras começaram a rolar montanha abaixo. Não sabe como se levantou tão rápido, mesmo antes de uma parte do telhado da casa na aldeia de Tigminker, em Tahanaout, a 35 quilómetros do epicentro do sismo de Marrocos, se partir numa forma estranha que ainda se aguenta, mesmo que ele não se atreva a lá entrar, conta, ao mesmo tempo que mostra o corte na cabeça, ainda por tratar, e as escoriações na perna.

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