Morreu Fausto Bordalo Dias, o genial alquimista da música portuguesa

Fausto (1948-2024) tinha 75 anos. Ao longo de mais de cinco décadas, firmou-se como marco fundamental da música portuguesa, mergulhando nas raízes da música tradicional, apondo-lhe uma marca autoral.

,Em busca das montanhas azuis
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Cantor lançou 12 álbuns Fernando Veludo/NFactos
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Concerto de Fausto Bordalo dias no CCB Nuno Ferreira Santos/Arquivo
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Último álbum foi lançado em 2011 JOSE SENA GOULAO / LUSA
FVL - NFACTOS/FERNANDO VELUDO (exclusivo para P?BLICO ) - 01 MAIO 2010 - PORTO, Casa da Musica - Concerto de Fausto - CONCERTOS
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Fausto Bordalo Dias tinha 75 anos NFACTOS/Fernando Veludo
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Homenagens ao artista multiplicam-se nas redes sociais Nuno Ferreira Santos/Arquivo
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Fausto Bordalo Dias morreu vítima de doença prolongada Fernando Veludo/NFactos
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Nasceu em pleno oceano, entre Portugal e Angola, a bordo do navio Pátria, mas não era muito dado a viagens – preferia aquelas que, leitor ávido, os livros lhe proporcionavam. Era criador solitário, enredado nas composições que trabalhava com labor perfeccionista, mas as suas canções eram convívio e partilha, encontro de gentes, vida de rua, diálogos na intimidade, luta em comunidade. Não eram propriamente contradições, antes traços que conviviam nele, que enformavam este autor maior da música portuguesa, nome fundamental da sua decisiva renovação na década de 1970, ao lado de Sérgio Godinho, José Mário Branco e José Afonso. Um criador com um talento raro para assinar canções com o dom da intemporalidade, chegando até nós como se existissem desde sempre.

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