Festival Ecos do Lima volta para homenagear a cultura de Ponte da Barca

Depois de uma pausa de dois anos, o festival Ecos de Lima regressa às margens de Ponte da Barca entre 11 e 14 de julho, com entrada gratuita.

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Entre música, marchas e exposições, o Ecos do Lima regressa de 11 a 14 de Julho. Depois de um intervalo de dois anos, a cultura minhota volta a ser celebrada num festival que abraça a tradição e a cultura contemporânea nas paisagens de Ponte da Barca.

A programação “vai sublinhar a música de dança e avant-garde, internacional e nacional, trazendo também à luz da contemporaneidade a cultura minhota”. Divide-se pelo parque do Choupal, Largo do Urca, praia fluvial e pelo Grémio. No entanto, as margens do rio Lima continuam a ser o epicentro do evento.

“O festival envolve e procura atingir e intervir na comunidade”, explica Inês Carneiro, que organiza o festival com Nelson Barros, Kevin Pires, André Carneiro e Diogo Carneiro. Juntos são a Associação Juvenil do Lima.

Octávio Carneiro
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Octávio Carneiro

O Ecos respira a cultura local, mas as apostas deste ano olharam para lá das fronteiras. Ao contrário do que é habitual, a música internacional é a protagonista do cartaz. Chalk, a banda de rock vinda de Dublin, é cabeça-de-cartaz e é a grande novidade que vai subir pela primeira vez ao palco do Choupal. Dame area – o novo “underground de Barcelona” –, Smudged, Maquina, Za! e Just Fish são outros nomes que se vão fazer ouvir nas margens do rio.

O primeiro dia arranca com uma homenagem à cultura popular barquense. No Largo do Urca – conhecida pelos barquenses como a “praça das romarias de São Bartolomeu” – os Gaiteiros de Bravães vão fazer-se ouvir numa foliada que combina as tradicionais gaitas de foles e as danças minhotas. “Trata-se de dar contemporaneidade à cultura popular. Aliás, o primeiro dia é inteiramente destinado a essa programação”, descreve Inês Carneiro.

As grandes apostas acontecem no segundo e no terceiro dia (12 e 13). “É também nesses dias que ocorrem os after-party no Grémio, um palco mais dedicado à música electrónica”, aponta Inês. E quem se deita nas margens do Lima também se levanta de manhã com uma marcha alegórica e com um círculo de meditação, na praia fluvial. Os jantares-convívio estão sujeitos a inscrição prévia.

O Ecos do Lima chegou a Ponte da Barca em 2015. Apesar de ter crescido, o festival continua a ser de “pequena escala” e “tenta comunicar ao máximo com a própria vila”, conta Inês.

O cartaz reservou ainda um espaço para exposições e instalações. Distribuem-se pelo recinto e pelo Bar do Rio. Obras de Martin Bruce, escolhidas por Mariana Pimenta, Sara Alves e Ana Arantes; “Altar”, de Gustavo Cunha e Jaime Del Solar; “Floating Creatures” e “Jargada” são alguns dos trabalhos que se vão levantar. Durante os três dias, vai ser possível viajar pela história do festival através de “Fortaleza” – um arquivo que reúne as memórias que são criadas desde a primeira edição.

Guiada pela “paisagem, comunidade e pensamento crítico”, a edição de 2024 volta a ter entrada gratuita. Até porque o Ecos “começa nas pessoas e acaba nas pessoas”, diz Inês Carneiro.

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