Receitas de alojamento turístico sobem 12% até Maio

Crescimento de 4,4% das dormidas verificado entre e Janeiro e Maio impulsionou proveitos.

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neg nelson garrido - 15 Janeiro 2024 - PORTUGAL, Lamego, Samodaes - hotel Six Senses Douro Valley - piscina, spa Nelson Garrido
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Nos primeiros cinco meses do ano, os proveitos totais do alojamento turístico em Portugal cresceram 12,2%, para 2,1 mil milhões de euros, dos quais 1,6 mil milhões foram decorrentes só de receitas de aposento (mais 11,9%).

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a subida de proveitos nos primeiros cinco meses do ano é “resultado do crescimento de 4,4% das dormidas” em alojamentos turísticos no país durante o período em análise, atingindo 27,7 milhões, com um crescimento de 5,4% de turistas não residentes e de 0,9% de residentes.

Os dados, divulgados esta segunda-feira pelo INE, remetem para um crescimento mensal dos proveitos de 15,5% em Maio, face a igual mês do ano passado, para 660,8 milhões de euros. É uma “aceleração” face ao mês imediatamente anterior, salienta o INE, porque em Abril o crescimento homólogo tinha sido de 3,5% (este ano, a Páscoa influenciou sobretudo o mês de Março, ao contrário de 2023, quando esse período de férias escolares foi em Abril).

Por tipo de estabelecimentos, a hotelaria, que tem um peso de 86,7% nos proveitos totais e de 85% nos proveitos somente de aposento (o que exclui outros serviços e bens fornecidos pelo alojamento turístico), registou subidas de 14,4% em ambos.

O alojamento local teve a segunda maior subida nas receitas de Maio, face a igual mês de 2023: foram verificados aumentos de 22,5% nos proveitos totais e 21,8% nos proveitos de aposento, atingindo quotas de 9,6% e 11,4%, respectivamente, no universo total de alojamentos turísticos em Portugal.

Mas foi no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,7% nos proveitos totais e de aposento) que se verificaram as maiores subidas homólogas mensais em Maio, de 23,2% e 22,7%, respectivamente.

Novos máximos de rendimento por quarto

O rendimento médio por quarto disponível (designado por “revpar”) situou-se em 78,3 euros (um crescimento de 12%) em Maio, face a igual mês de 2023, e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu 123 euros (mais 9,4%). No mês em questão, o rendimento médio por quarto ocupado atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (171,4 euros) e no Norte (118,8 euros), tendo ambas as regiões registado novos máximos históricos neste indicador.

O município de Lisboa concentrou 19,8% do total de dormidas (10,2% do total de dormidas de residentes e 22,9% de não residentes), com um acréscimo de 5,4% (diminuição de 0,2% nos residentes e subida de 6,3% nos não residentes), de acordo com os dados agora divulgados pelo INE. Alargando a análise para a Grande Lisboa, a região “continuou a ser”, diz o INE, a que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33% dos proveitos totais e 35,2% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (23,6% e 21,7%, respectivamente) e do Norte (16,9% e 17,5%, pela mesma ordem).

Albufeira (que representou 10,7% do total de dormidas) retomou o crescimento (mais 3,3%, após menos 13,4% no mês anterior), tendo registado o aumento mais expressivo das dormidas de residentes (mais 14,3%), entre os municípios com maior representatividade, enquanto as dormidas de não residentes exibiram um crescimento mais modesto (mais 1,8%).

Na generalidade do alojamento turístico – que na análise estatística do INE inclui estabelecimentos de alojamento turístico, campismo
e colónias de férias e pousadas da juventude – foram registados 3,3 milhões de hóspedes e 8,3 milhões de dormidas em Maio, “reflectindo crescimentos de 9,2% e 7,5%, respectivamente, acrescenta o organismo. As dormidas de residentes aumentaram 7,9% e as de não residentes cresceram 7,4%.

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