Tânia Dinis, a respigadora das mulheres invisíveis

A autora da premiada curta-metragem Tão Pequeninas, Tinham o Ar de Serem Já Crescidas mergulha em arquivos e passados para questionar o lugar da mulher e sublinhar o que falta construir.

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Tânia Dinis nasceu em 1983 Paulo Pimenta
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Como sempre, a realizadora Tânia Dinis mergulhou em vários arquivos para deles extrair o seu mais recente trabalho, a curta-metragem Tão Pequeninas, Tinham o Ar de Serem Já Crescidas. Um deles é o da televisão pública: a dada altura, surgem no ecrã imagens da RTP, ainda a preto e branco, em que é entrevistada Maria Angélica Teixeira da Costa, mulher que no início dos anos 1970 desempenhou um papel absolutamente determinante na organização sindical das empregadas domésticas em Portugal. “Um dia estávamos na sede do sindicato e apareceu uma colega nossa com um ar muito satisfeito”, conta Maria Angélica no vídeo. “Dizia-nos assim: ‘Hoje venho tão contente! É que jantei bem. Hoje comi um bife!’”

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