Fuzilar a memória
Quem é hoje Joaquim Agostinho? Como é próprio de um espírito treinado na ciência, fiz a prova experimental e interroguei vários jovens. Conclusão: Joaquim Agostinho não existe.
“Onze fugitivos conseguiram escapar do pelotão”, anuncia em letras garrafais a manchete de um jornal. Morreram todos!, diria um conhecido pivot televisivo. Mas não — não morreu ninguém. No ciclismo os pelotões não fuzilam. O perigo de achar que se fica informado lendo só os títulos tem aqui uma boa caricatura. Caio muitas vezes nesse simplismo, mas pelo menos confesso-me.
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