Penálti mal assinalado no Algarve

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A 4.ª jornada da Liga 2024-25 ficou globalmente marcada por boas decisões das equipas de arbitragem nos jogos que envolveram os candidatos ao título. A excepção foi o lance que esteve na origem do segundo golo do Sporting diante do Farense, no Estádio do Algarve.

Farense-Sporting

Minuto 37: árbitro assinala penálti e mantém a decisão mesmo após o VAR o ter chamado ao monitor para reverter a decisão. Tiago Martins entendeu que a abordagem de Lucas Áfrico foi arriscada ao ter o seu braço mais aberto, contudo, a bola vem de um ressalto acima da coxa de Pedro Gonçalves e só depois vai ao braço esquerdo do jogador do Farense, que o tinha em posição natural e normal para o gesto técnico que estava a realizar e que era o de estar a marcar por trás o adversário. Uma bola de ressalto, de perto, inesperada e que, no meu entender, não era passível de castigo máximo. Decisão incorrecta.

Minuto 63: Lucas Áfrico iniciou o contacto sobre Gyökeres, braço direito sobre ombro esquerdo, fora da área, e manteve-o, embora com menos intensidade, ao entrar na área. Lance de risco, contudo sem intensidade e consequência, ou seja, pareceu manifestamente insuficiente esta acção para ser assinalado o castigo máximo.

Minuto 65: no terceiro golo dos “leões”, no início da jogada, não houve qualquer infracção de Morita sobre Talys. O golo foi legal.

Minuto 90: Claúdio Falcão, que já tinha um cartão amarelo, deveria ter visto o segundo e, com efeito, ter sido expulso, por uma entrada negligente sobre Nuno Santos. Na ocasião, chegou tarde à bola e pontapeou de forma dura o joelho do jogador leonino.

FC Porto-Rio Ave

Minuto 17: faltou um cartão amarelo para Patrick William, que acertou com a mão direita na cara de Namaso, num gesto deliberado e antidesportivo.

Minuto 22: bem mostrado o amarelo a Patrick William, que à entrada da sua área, com o braço esquerdo, puxa o braço esquerdo de Iván Jaime, cortando desta forma um ataque prometedor.

Minuto 43: Patrick William, na disputa de bola, acaba por não parar o seu movimento e, de sola e com os pitons do pé direito, pisa o pé esquerdo de Nico González. Um pisão muito duro e negligente, em que claramente não teve em conta o perigo e as consequências do seu acto na forma como abordou o lance.

Minuto 45+2: bem anulado o golo a Namaso, que fez falta atacante antes de recuperar e rematar a bola. Na ocasião, com o braço esquerdo puxou o braço esquerdo de Aderlan Santos, acção que, junto com um toque por trás nas pernas, o fez cair.

Benfica-Estrela da Amadora

Minuto 19: no golo de Kokçu, Pavlidis, que fez a assistência, não estava em fora de jogo por 11 cm. Bem o assistente ao deixar seguir e ao validar a jogada.

Minuto 39: Carreras, que dois minutos antes tinha sido advertido por comportamento antidesportivo, arriscou a ver um segundo amarelo caso o árbitro tivesse assinalado uma falta que cometeu sobre Danilo, quando — numa tentativa de apenas parar e destruir a transição ofensiva do jogador estrelista — cometeu a chamada falta táctica, também designada como falta útil.

Minuto 45+2: bem anulado o golo a Pavlidis, por pontapear a bola que já estava na posse do guarda-redes, que a tinha agarrada entre as mãos. A lei 12, página 108, é muito clara quando penaliza com livre indirecto quem tocar a bola quando está na posse do guarda-redes — quando este a detém nas mãos, quando se encontra prensada entre a mão e qualquer superfície, quando está na palma da mão ou quando a faz ressaltar no solo ou a atire ao ar. Em todas estas circunstâncias nenhum adversário pode disputar a bola.

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