O que faz uma defensora dos povos indígenas do Peru numa prisão portuguesa?

Ana Cristina Pereira explica-nos, hoje, Dia da Amazónia, porque é que Diana Ríos é a reclusa n.º 53 do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos.

Diana Ríos Rengifo nasceu numa área remota da Amazónia peruana. A extracção de madeira nesta região, que nem sempre é autorizada, tem vindo a colocar em risco o habitat natural dos povos indígenas, com é o caso dos asheninkas, que habitam as zonas fronteiriças dos estados do Peru e do Brasil.

Os chefes desta comunidade foram alvo de uma emboscada, torturados e assassinados, por se oporem à devastação da floresta, e defenderem os interesses dos indígenas, que os madeireiros querem expulsar. Uma das vítimas mortais foi o seu pai.

Diana Ríos transformou-se numa activista, participou nas conferências do clima e na Cimeira da ONU sobre Acção Climática. Ganhou reputação, conseguiu atenção internacional para a ameaça sobre o seu povo e a resistência da sua comunidade foi premiada pela Fundação Alexander Soros, filho do bilionário George Soros.

Uma oferta de emprego, que se revelou enganadora, levou-a a uma prisão portuguesa, acusada de tráfico de droga.

Ana Cristina Pereira explica-nos, hoje, que é Dia da Amazónia, porque é que Diana Ríos é a reclusa n.º 53 do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos.


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