As novas revelações sobre a fuga de presos de Vale de Judeus, ponto por ponto

Os cinco reclusos fugidos da prisão de Vale de Judeus continuam a monte. Fique a conhecer a informação essencial do caso que, segundo as autoridades, foi preparado “ao mínimo detalhe”.

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Coronel Clara da Fonseca da GNR, o diretor da Policia Judiciária, Luís Neves, o secretário-geral adjunto do SSI, Manuel Vieira, o diretor-geral dos serviços prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves e o representante da PSP, Superintendente Rodrigues dos Santos, durante a conferência de imprensa FILIPE AMORIM / LUSA
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Fuga foi às 9h56

A fuga dos cinco criminosos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 9h56, mas só foi detectada e comunicada aos órgãos superiores cerca de 40 minutos depois, quando se deu conta, aquando do regresso às celas individuais, de que faltavam cinco indivíduos, com recurso ao sistema de videovigilância.

PSP reforça segurança

A PSP reforçou a segurança nos aeroportos e a GNR começou a fazer mais operações-stop do que normalmente. Foi ainda "agilizada a cooperação policial internacional" para a captura dos cinco reclusos.

Fuga preparada ao mínimo detalhe

Luís Neves, director nacional da PJ, garante que a fuga revela preparação extrema por parte dos criminosos que estão ligados a "crime organizado" e "com capacidade financeira". "Dos nossos trabalhos, que só levam 20 horas, detectámos que todos os pormenores [da fuga] foram preparados ao mínimo detalhe", explicou durante a conferência de imprensa conjunta deste domingo, ao final da manhã.

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Quem são os cúmplices?

As autoridades admitem ainda que os cúmplices destes cinco reclusos ainda não foram identificados nem os carros localizados.

Lohrmann já tinha tentado fugir de Monsanto...

​Rodolfo Lohrmann, o argentino, está na lista dos mais procurados pela Interpol. Luís Neves queixa-se dos juízes. O recluso já tinha tentado fugir de Monsanto e, depois disso, foi transferido pelo Tribunal de Execução de Penas para Alcoentre, uma prisão de alta segurança, mas de nível abaixo da de Monsanto. Mais tarde, na conferência de imprensa, Rui Abrunhosa Gonçalves, director-geral da DGRSP, confirmou esse acontecimento, apesar de a direcção-geral ter dado parecer negativo para essa transferência. “Se estivesse em Monsanto, não teria fugido...”, disse o director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

... e organizou uma greve de fome

Em 2018, enquanto Lohrmann esteve em Monsanto, chegou a organizar uma greve de fome com Fábio Loureiro, outro dos foragidos, e Pedro Dias, autor dos crimes que chocaram o país em 2016.

Fecho de fronteiras não é adequado

Fecho de fronteiras nunca foi equacionado. "Não é proporcional nem adequado", segundo Manuel Vieira, secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna.

Rede da prisão não é electrificada

A rede da prisão era para ser electrificada, mas cada vez que ligavam a corrente eléctrica o estabelecimento prisional ficava sem luz, explicou o director-geral da DGRSP.

Estavam 33 guardas ao serviço

Prisão de Alcoentre tem um efectivo de 150 guardas prisionais, mas 15 estão de baixa, outros tantos de férias. Como era sábado, estavam 33 ao serviço. Director-geral garante que "é um número normal". A fuga aconteceu num momento em que os guardas estariam concentrados na fiscalização de visitas.

Três indivíduos ajudaram na fuga

As câmaras de videovigilância permitiram apurar que o auxílio à fuga foi feito por três indivíduos, dois dos quais colocaram a escada no muro de cerca de seis metros de altura e um que aguardou no carro de fuga.

População deve ter cautela

Pede-se à população que se abstenha de qualquer contacto com os foragidos. Em caso de estar na posse de informações úteis, deve contactar o 112.

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