Sete pessoas detidas por incêndios florestais desde sábado

Além de ter feito sete detenções por suspeita de crimes de incêndio florestal, PJ e GNR identificaram quatro funcionários de uma junta de freguesia de Valongo, que foram constituídos arguidos.

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Foram detidas quatro pessoas suspeitas da autoria de crimes de incêndio florestal pela PJ e GNR Estela Silva / LUSA
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A Polícia Judiciária e a Guarda Nacional Republicana detiveram, desde sábado, 14 de Setembro, e até ao final da tarde desta terça-feira, seis pessoas suspeitas da autoria de crimes de incêndio florestal. Além disso, foram identificados e constituídos como arguidos quatro funcionários da junta da União de Freguesias de Campo e Sobrado, no concelho de Valongo, pela presumível autoria de um incêndio que consumiu cerca de um hectare de mancha florestal e causou danos em viaturas e unidades fabris.

Neste caso, "o incêndio foi originado pela utilização indevida de máquinas agrícolas, uma moto-roçadoura de disco metálico, cuja utilização é proibida quando o índice de perigo de incêndio rural se encontra a um nível máximo ou mesmo muito elevado", descreve a PJ em comunicado, para acrescentar que o incêndio em causa "causou ainda graves prejuízos para a circulação ferroviária na linha do Douro, com paralisação da circulação durante cerca de uma hora".

Sem antecedentes criminais, os arguidos "prestaram termo de identidade e residência".

Também nesta terça-feira a PJ identificou e deteve um homem de 55 anos por suspeita de ter ateado, "com recurso a chama directa", um incêndio florestal, na madrugada de 15 de Setembro, em Cacia, Aveiro, "numa zona de extensa mancha florestal, onde nas proximidades se encontravam várias habitações e instalações industriais". O detido é igualmente suspeito de ter ateado recentemente pelo menos outros dois fogos. "Não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação", escreve a PJ, lembrando, no entanto, que o indivíduo já cumpriu pena de prisão por um crime semelhante.

Mais a Norte, em Santo Tirso, PJ e GNR detiveram outro homem de 50 anos suspeito da autoria de um incêndio florestal em Refojos, Riba de Ave. "Alegando que apenas queria queimar lixo o que é proibido pela actual declaração de situação de alerta no nível máximo, o suspeito terá provocado o incêndio com recurso a chama directa e colocou em perigo uma mancha florestal significativa, bem como vários edifícios", descrevem aquelas forças de segurança.

Ao final da tarde desta quarta-feira, em Leiria, as autoridades detiveram outro homem, de 39 anos, "fortemente indiciado pelo crime de incêndio florestal", a 16 de Setembro, pelas 23H30, na freguesa de São Mamede, concelho da Batalha. "O suspeito, através da utilização de chama directa, usando isqueiro, ateou incêndio em floresta, em zona adjacente a habitações e a uma mancha florestal constituída por mato, pinheiro bravos e carvalhos, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e mancha florestal de consideráveis dimensões", descreve a PJ.

Antes, na segunda-feira, foi detida uma mulher, de 47 anos, pela suspeita de seis crimes de incêndio florestal, ocorridos nos dias 12, 13, 15 e 16 do corrente mês, nas localidades de Sebal e Condeixa-a-Nova.

No mesmo dia, através da directoria do Centro e com o apoio dos militares da GNR, a PJ deteve também uma mulher, de 33 anos, pela presumível prática de cinco crimes de incêndio florestal, ocorridos nos dias 13 e 16 deste mês, dois e três incêndios respectivamente, em Maças de Dona Maria, concelho de Alvaiázere.

Já o Comando Territorial de Leiria, através do Posto Territorial de Pombal da GNR, informa, também em comunicado à imprensa, que, no domingo, foi detido um homem de 75 anos, por incêndio florestal, na localidade de Casal d’Além (Pombal).

No dia anterior, o mesmo Comando Territorial tinha detido um homem de 38 anos por incêndio florestal, na localidade de Bernardinos, no concelho de Pombal.

Até ao final de Agosto, a Polícia Judiciária (PJ) deteve mais de 30 pessoas por suspeitas de incêndio florestal, num registo próximo daquele que foi alcançado no mesmo período do ano passado, noticiou nesta terça-feira a Lusa.

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