A Adelaide tem uma camisa azul

Até há poucos meses, só poderia ter estatuto de cuidador informal alguém que tivesse relação de parentesco até 4.º grau com a pessoa cuidada. Como se o sangue fosse critério para alguma coisa.

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A Adelaide tem uma camisa azul-forte e uns brincos bonitos. Sobe ao palco com um sorriso nervoso e inspira profundamente antes de se sentar na cadeira ao meu lado. Aproveito para a observar enquanto o apresentador chama os restantes participantes da mesa. Sentou-se com as mãos cruzadas no colo e vejo que se esforça por ignorar a plateia que a observa com expectativa. É a única cuidadora informal deste painel e fá-lo pela segunda vez. Primeiro a mãe. Agora o pai.

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