Sp. Braga continua a pagar por pecados antigos

Com um golo na última jogada, o Bodo/Glimt venceu no Minho e voltou a derrotar uma equipa portuguesa na Liga Europa.

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Villads Nielsen festeja o golo da vitória do Bodo/Glimt em Braga Miguel Vidal / REUTERS
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Debilidades ofensivas e muita ingenuidade defensiva voltaram a ser um cocktail fatal para o Sp. Braga. Repetindo erros comuns nesta época, a equipa minhota sofreu a segunda derrota consecutiva na Liga Europa, numa partida em que apenas se pode queixar de erros próprios. Frente ao Bodo/Glimt, que voltou a derrotar uma equipa portuguesa, o Sp. Braga ainda recuperou de um golo de desvantagem, mas logo de seguida a ingenuidade de Niakaté colocou os bracarenses em inferioridade numérica e os noruegueses aproveitaram: na última jogada, fizeram o golo que lhes garantiu a vitória, por 1-2.

Após deixar uma excelente imagem quando derrotou o FC Porto, o Bodo/Glimt surgiu em Braga com uma baixa importante, que, em teoria, condicionava a estratégia de Kjetil Knutsen. O técnico não teve disponível Kasper Hogh, um dos seus trunfos e, sem o habitual ponta-de-lança, foi outro dinamarquês que ocupou o lugar mais adiantado da equipa: Zinckernagel. As características de Hogh e Zinckernagel são, no entanto, diferentes – Zinckernagel é mais móvel – e isso condicionou o rumo da partida.

Com Zalazar e Moutinho no “onze”, o Sp. Braga começou o encontro com Roger Fernandes e Bruma nas alas, mas, apesar do domínio territorial, os bracarenses mostraram sempre dificuldades em construir jogo para Roberto Fernández, que já não marca pelos “arsenalistas” desde 18 de Agosto.

Assim, apesar de algumas iniciativas de Roger Fernandes, na primeira meia hora o Sp. Braga não construiu oportunidades de perigo e, do outro lado, a primeira ameaça quase terminou em golo: aos 35’, Zinckernagel acertou na barra.

Sem golos e sem grande história após os primeiros 45 minutos, a segunda parte começou sem mudanças nas equipas, mas o filme do jogo rapidamente ganhou novos atractivos. Aos 53’, aproveitando as falhas defensivas do Sp. Braga, os noruegueses construíram um rápido contra-ataque, que Evjen finalizou com qualidade.

Carvalhal respondeu com uma alteração tripla e, pouco depois de Matheus evitar que Zinckernagel fizesse o 0-2, foi o Sp. Braga que empatou – Bruma rematou de fora da área e Niakaté aproveitou uma defesa incompleta para empurrar a bola para o fundo da baliza.

Os bracarenses respiravam de alívio e tinham 25 minutos para atacarem a vitória, mas, mais uma vez, um momento de ingenuidade minhota tornou tudo mais difícil: nos dois minutos que se seguiram ao golo do empate, Niakaté viu dois amarelos e foi expulso.

A jogar em inferioridade numérica, Carvalhal colocou a equipa num 4x4x1, jogando na expectativa. O recuo português não era, no entanto, o que convinha aos noruegueses, que sem um “homem de área”, privilegiavam as transições.

Com isto, o jogo tornou-se menos interessante e, sem surpresa, o empate parecia aceite por ambos os lados. Porém, houve ainda tempo para o Sp. Braga ir ao tapete: aos 90+3’, após um canto, Nielsen aproveitou (mais) uma falha defensiva “arsenalista” e fez o golo da vitória da equipa norueguesa.

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