Pelo segundo ano consecutivo, Itália está na final da Taça Davis

Os italianos vão defender o título diante dos Países Baixos.

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Jannik Sinner JORGE ZAPATA / EPA
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Depois do brilharete de quinta-feira, no quarto-de-final com a Argentina decidido no encontro de pares, Jannik Sinner e Matteo Berrettini voltaram a dar a vitória à Itália, só que, desta vez, competindo individualmente. Os dois tenistas italianos somaram os dois pontos necessários para ultrapassar a Austrália na meia-final da Taça Davis, colocando a Itália, pelo segundo ano consecutivo, na final, onde vai defrontar os Países Baixos.

Tal como no confronto com os argentinos, em que escolheu os mais conceituados compatriotas em detrimento de uma dupla mais rotinada, o capitão italiano Filippo Volandri voltou a surpreender chamando Berrettini (35.º no ranking ATP) para o primeiro singular, em vez de Lorenzo Musetti (17.º), escolhido na eliminatória com a Argentina. E o ex-número seis mundial correspondeu derrotando Thanasi Kokkinakis (77.º), por 6-7 (6/8), 6-3 e 7-5.

O encontro de duas horas e 45 minutos desequilibrou-se no 11.º jogo do set decisivo, marcado por um ponto que levantou os adeptos italianos: uma direita cortada batida por Berrettini, em dificuldade, resultou num winner que abriu caminho para o break decisivo.

"Às vezes, alguns pontos mudam o encontro, o momento. Penso que isso veio de anos e anos a jogar em terra batida, onde usamos muito as mãos. E talvez um pouco da genética dos meus pais – vou dar-lhes o crédito. É tudo uma questão de energia, como se enfrenta os momentos difíceis, mas fiz o break e fechei”, disse Berrettini.

De seguida, Jannik Sinner somou a nona vitória em outros tantos duelos com Alex de Minaur (9.º), desta vez com os parciais de 6-3, 6-4. "Foi um encontro difícil frente ao Alex. Conhecemo-nos muito bem agora, por isso, tenho sempre de ter muito cuidado. É um desafio muito difícil para mim, por isso estava ansioso por este. Obviamente que ajudou muito o facto de o Matteo ter ganho o singular. Jogou um ténis incrível, de altíssima qualidade. Esperamos que isto nos possa dar alguma confiança para amanhã. Será um dia muito difícil e duro para nós e também para a Holanda", afirmou o número um mundial, após a 72.ª vitória este ano, em 78 encontros realizados.

Depois do sucesso da selecção feminina na Billie Jean King Cup, a Itália tornou-se na terceira nação a disputar duas finais consecutivas nas duas principais provas por países do calendário tenístico, juntando-se aos EUA (1963-64, 1978-79, 1981-82 e 1990-91) e Austrália (1963-64 e 1964-65).

Djokovic surpreende ao convidar Murray

Mais surpreendente do que a nova presença da Itália na final da Taça Davis foi o anúncio por parte de Novak Djokovic em recorrer a Andy Murray para ajudá-lo a preparar a época 2025 e acompanhá-lo no Open da Austrália, em Janeiro.

"Defrontámo-nos desde que éramos rapazes, 25 anos a sermos rivais, a puxar um ao outro para além dos nossos limites. Tivemos algumas das batalhas mais épicas do nosso desporto. Pensei que a nossa história tinha acabado – acontece que há ainda um último capítulo. Está na hora de um dos meus mais duros adversários vir para o meu lado", anunciou Djokovic nas redes sociais, tendo mais tarde ironizado: “Ele também nunca gostou de estar reformado.”

Djokovic e Murray nasceram em Maio de 1987, com sete dias de intervalo, e defrontaram-se pela primeira vez quando tinham 14 anos.

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