Na terra do luxo, o Benfica quase esbanjava uma fortuna

Os “encarnados” regressaram às vitórias na Champions, derrotando o Mónaco, que acabou o jogo em inferioridade numérica.

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Amdouni no momento do cabeceamento que resultou no 3-2 Manon Cruz / REUTERS
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O Benfica foi ao Mónaco, terra de luxo e ostentação, e quase se deslumbrou. Nesta quarta-feira, esteve a perder por duas vezes, na 5.ª jornada da Liga dos Campeões, mas acabou por vencer por 2-3, aproveitando a inferioridade numérica do seu adversário.

O Benfica teve tudo o que podia pedir. Isto porque, após ter ficado em desvantagem no marcador, depois do golo do marroquino Ben Seghir (13’), recebeu “ofertas” dos adversários, beneficiou de um árbitro condescendente, teve a sorte de ver uma bola ir ao poste da sua baliza e ainda viu o opositor ficar em inferioridade numérica. Mas, apesar de tantas benesses, foi por pouco que os benfiquistas não esbanjaram tudo.

O Mónaco prometia dificuldades e isso confirmou-se nos minutos iniciais da partida. Com Bruno Lage a levar a jogo aquele que tem sido o seu "onze" mais utilizado, os monegascos mostraram a razão por que ainda não tinham perdido nesta Champions e por que estão tão bem classificados na Liga francesa. Com jogadores com bom toque de bola e pressionantes, a equipa do principado não deixava os benfiquistas terem bola e, acima de tudo, pensarem com ela nos pés. Com um relvado "muito duro", que fazia a bola saltitar em demasia, as "águias" revelaram dificuldades em controlar o jogo e não conseguiam sair para o ataque.

Apesar destas adversidades, foi o Benfica a dispor da primeira ocasião de perigo, com um remate de Di María à figura. Só que uma jogada em que a pressão foi mal feita, libertou o flanco esquerdo do ataque do Mónaco, onde Vanderson galgou metros, rematou para defesa difícil de Trubin e, na sequência da jogada, Ben Seghir inaugurou o marcador pouco depois dos 10 minutos.

Aos poucos, contudo, o Benfica foi ganhando ascendente na partida. Pavlidis, Carreras e Di María desperdiçaram boas oportunidades para empatar o marcador, em especial o argentino, que ficou na cara do guarda-redes Majecki depois de um mau atraso de Ben Seghir - o polaco impediu a festa "encarnada". Entretanto, Florentino e Carreras passavam pelos "pingos da chuva" depois de já estarem "amarelados".

A segunda parte começou com mais um calafrio para o Benfica, que viu Embolo acertar no poste esquerdo da baliza à guarda de Trubin. Mas logo a seguir, um mau atraso de Caio Henrique permitiu a Pavlidis pressionar o guarda-redes e ganhar o lance, marcando um golo fácil (48').

O jogo ficou estranho nesta fase. Quer o Mónaco, quer o Benfica festejaram golos que não foram validados após análise do VAR, por fora-de-jogo, até que os monegascos ficaram reduzidos a dez jogadores depois de o árbitro mostrar o segundo amarelo a Singo (58'). Tarefa facilitada para a reviravolta do marcador? Nada mais errado. Bruno Lage percebeu que era a oportunidade de que precisava e fez entrar Arthur Cabral e Amdouni, para dar outro vigor ao ataque. Só que uma má cobertura defensiva permitiu ao Mónaco recolocar-se na frente do marcador, com um golo de Magassa (67').

Os "encarnados" ficaram atordoados, sem saber como foi possível esbanjar tanta fortuna, até que apareceu Di María. O argentino nem estava a fazer um grande jogo, com várias perdas de bola (para além daquele desperdício no primeiro tempo) mas duas assistências viraram o jogo a favor dos benfiquistas: a primeira, a cinco minutos dos 90, foi finalizada por Arthur Cabral, num grande cabeceamento do brasileiro; a segunda três minutos depois, com novo cabeceamento, desta vez de Amdouni.

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