Lee Ranaldo e Leah Singer projectam sombras em busca de Lourdes Castro

Conta já três décadas Contre Jour, performance de Lee Ranaldo e Leah Singer. Não foi criada para Lourdes Castro, mas é por ela, com ela, que a dupla se apresenta no gnration, em Braga.

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Lee Ranaldo com Lourdes Castro na Madeira, em 2011 Cortesia Lee Ranaldo
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Lee Ranaldo não conhecia a artista cuja obra lhe apresentara João Fernandes, então director do Museu de Serralves. Não conhecia Lourdes Castro, nome maior da arte portuguesa do século XX, criadora que deu dimensão palpável às sombras, que as tornou registo eterno de um presente sempre efémero, sempre a escapar-nos para esse arquivo de caminhos insondáveis a que chamamos memória. Mas, se o guitarrista dos extintos Sonic Youth não conhecia o nome e a obra de Lourdes Castro, nascida no Funchal a 9 de Dezembro de 1930, falecida na mesma cidade em 2022, aos 91 anos, porque sentiu então nela algo de tão familiar, tão próximo, tão reconhecível? A resposta está em Contre Jour, a performance que mantém há três décadas com a fotógrafa e artista multimédia Leah Singer, também sua companheira. Sob o título All Lights Are Shadows, será apresentada no gnration, em Braga, sábado, às 18h (bilhetes a 15 euros).

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