Incentivos para deslocar médicos não convencem: metade das vagas abertas ficaram vazias

Dos cerca de 1200 lugares abertos em cinco anos, só 577 foram ocupados. Hospitais admitem que este apoio é importante: se não existisse, alguns deste médicos nunca escolheriam as suas unidades.

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No caso da ULS Almada-Seixal, que inclui o Garcia de Orta, esta medida "não se tem mostrado eficaz", principalmente em especialidades mais carenciadas, como anestesiologia Rui Gaudêncio
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Criados em 2015 pelo Governo de Pedro Passos Coelho para incentivar a mobilidade geográfica para zonas com falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), os incentivos para as chamadas "vagas carenciadas" não estão a ter o impacto desejado. Nos últimos cinco anos, os sucessivos governos têm vindo anualmente a abrir mais vagas, mas o seu preenchimento fica, em média, pela metade. Entre 2020 e 2024, foram abertos 1201 postos carenciados em hospitais e centros de saúde, mas apenas 577 foram ocupados. Este ano, até final de Setembro, das 322 vagas abertas estavam apenas ocupadas 75, menos de um quarto. Apesar dos resultados aquém das metas, os hospitais admitem que este é um incentivo importante e que tem ajudado a atrair clínicos.

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