Rachel Kushner: “Não fumo marijuana. Dou pequenas baforadas de alegria”
Em O Lago da Criação, a escritora norte-americana convoca mitos e a história da humanidade para falar de crises actuais: espionagem e exercício filosófico atados por uma mulher sem princípios.
A conversa começa com uma afirmação de princípio: Sadie Smith não é Rachel Kushner e este não é um romance que se queira posicional politicamente. “O romance, enquanto forma de arte, pertence a outra categoria”, diz a escritora norte-americana nascida em 1968, em Eugene, no estado do Oregon, criada na Califórnia, onde vive. Desde o seu primeiro romance, Telex de Cuba (2008), demonstrou um talento raro para capturar a intersecção entre os dramas íntimos das suas personagens e os contextos históricos que as moldam, no caso expatriados americanos na Cuba revolucionária dos anos 1950. Com Os Lança-Chamas (2013), finalista do Booker Prize, entrou no coração do movimento artístico e revolucionário dos anos 1970 em Nova Iorque, e em O Quarto de Marte (2018) expôs o sistema prisional norte-americano a partir de uma condenada a prisão perpétua uma prisão da Califórnia.
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