Como os rebeldes expulsaram Bashar al-Assad da Síria em 12 dias

Os rebeldes sentiram o endurecimento da posição turca contra Bashar al-Assad como um sinal para avançar. Com os aliados do regime sírio focados noutros conflitos, a resistência foi pouca.

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Festejos em Damasco, na Síria Firas Makdesi / REUTERS
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Depois de 13 anos, bastaram 12 dias. A madrugada deste domingo trouxe à Síria ventos de mudança, independentemente da incerteza que paira quanto ao futuro do país.

A operação-relâmpago dos rebeldes foi executada com rapidez, mas os planos para derrubar Bashar al-Assad já duravam há vários meses. O momento certo foi percebido pelos grupos armados rebeldes há cerca de meio ano, quando comunicaram à Turquia a intenção de um ataque em grande escala e pressentiram apoio, segundo fontes da Reuters.

Ao longo dos anos, o Presidente turco, Tayyip Erdogan, esteve sempre contra grandes ofensivas rebeldes – apesar de patrocinar o Exército Nacional Sírio, um dos grupos envolvidos na manobra – por temer mais instabilidade e uma nova vaga de refugiados.

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Após tentativas sem sucesso de abordagens de Ancara a Bashar al-Assad para uma resolução política do conflito, os rebeldes sugeriram à Turquia um caminho alternativo. Os grupos armados não pediram o apoio turco; apenas que o país não interviesse. No rescaldo da queda do regime de Assad, Ancara descarta responsabilidades e diz que não esteve por trás da operação nem deu luz verde para o avanço dos rebeldes. Quem cala, consente?

O regime periclitante de Bashar al-Assad foi exposto pela ofensiva desde o primeiro momento. Com a Rússia, o Irão e o Hezbollah de baterias apontadas para as guerras na Ucrânia e em Gaza, as tropas afectas ao líder deposto foram incapazes de resistir ao avanço dos rebeldes. Uma fonte do regime disse à Reuters que havia aviões e tanques sem combustível devido à corrupção e aos saques. E a motivação dos militares estava na mó de baixo há vários anos.

A primeira grande cidade libertada da teia do regime na ofensiva foi Alepo, a 1 de Dezembro. A partir daí, acumularam-se conquistas a um ritmo mais rápido que o esperado. Hama no dia 5, seguindo-se Homs (a “capital da revolução" para os sírios), Deir Ezzor e Daraa no sábado, poucas horas antes de Damasco, juntamente com Latakia e Tartous. com Reuters

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