Museu do Chiado expõe obras essenciais da arte portuguesa de 1850 à actualidade
Duas centenas de peças, abrangendo diversos géneros artísticos e cobrindo um período que se estende do naturalismo à arte contemporânea, vão estar expostas no MNAC a partir de quinta-feira.
A nova exposição de longa duração do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa, intitulada Impressões Digitais. Colecção MNAC, vai mostrar, a partir desta quinta-feira, duzentas obras essenciais da história da arte portuguesa, incluindo pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, instalação e vídeo.
Atravessando 170 anos, do naturalismo do século XIX à arte contemporânea, e do retrato e da paisagem à abstracção e a outras linhas de experimentação, a exposição – que tem curadoria de Ana Guimarães, Emília Ferreira, Maria de Aires Silveira e Tiago Beirão Veiga – inclui também obras da colecção Millennium bcp e novas incorporações de artistas contemporâneos, algumas adquiridas, outras integradas no acervo do Museu do Chiado através de doações ou legados.
"Depois de sete exposições temporárias, entre 2018 a 2023, em que foram mostrados vários núcleos da colecção, partilhando perto de 600 obras de um universo com mais de 5000 criações", a nova exposição de longa duração "apresenta cerca de duas centenas de trabalhos, das mais diversas expressões artísticas", adianta o museu em comunicado, sublinhando que vão estar expostas algumas das obras mais emblemáticas da colecção.
"Tendo aumentado exponencialmente nas últimas três décadas, a colecção, maioritariamente da autoria de criadores nacionais, com uma expressão crescente de artistas mulheres, constitui um legado ímpar, histórico e emotivo, de algum modo tão identitário como as nossas impressões digitais", afirma Emília Ferreira, curadora e directora do museu, citada no comunicado.
"A relação que se estabelece entre estes trabalhos, articulando linguagens e épocas, é assumida como um modo de criar interferências", diz ainda Emília Ferreira. "Essa outra forma de aumentar os sentidos das obras mantém vivo o legado do MNAC, que, ao longo dos anos, tem procurado integrar obras de artistas contemporâneos na leitura da sua colecção, estabelecendo relações entre diversos discursos", conclui a directora.