Sp. Braga escapou à goleada em Roma

Minhotos foram derrotados na Liga Europa, num jogo em que foram completamente dominados pelo adversário e em que acabaram a jogar com dez.

Foto
Matheus defendeu muito, mas acabou expulso ETTORE FERRARI / EPA
Ouça este artigo
00:00
03:06

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Para começarmos a explicar quão má foi a exibição do Sp. Braga em Roma, aqui fica o número de remates que a equipa portuguesa fez: seis, nenhum enquadrado com a baliza. E quantos fez a AS Roma? 33, dos quais 17 enquadrados com a baliza. Quem foi o melhor em campo do Sp. Braga? Matheus, o guarda-redes.

Quase que se podia dizer que foi o único jogador dos bracarenses a entrar em campo no Estádio Olímpico, mas até ele se deixou contaminar pela noite péssima. Podia ter acontecido uma goleada. Assim, foi apenas um 3-0 para os romanos que acaba por ter o mesmo efeito: esta terceira derrota na competição deixa a equipa de Carlos Carvalhal em apuros na Liga Europa.

Apenas os primeiros minutos da primeira parte mostraram as boas intenções da equipa portuguesa, uma vontade de pressionar alto e deixar a Roma desconfortável no seu meio-campo. Foi apenas isso, uma boa intenção. Ao primeiro sopro da Roma, o Sp. Braga desmoronou-se. Aconteceu aos 10’. Nicola Zalewski recebeu antes do meio-campo, avançou, deixou para Pellegrini e o capitão romano, de fora da área, fez o 1-0.

Assim que a Roma marcou o primeiro, ficaram bem evidentes as fragilidades desta equipa minhota, sobretudo na defesa (que não são de agora), onde se notou uma enorme descoordenação – não funcionava em bloco e abria espaços em todo o lado. Somando-se a isto uma total inoperância no ataque – só quando esteve a jogar com dez é que criou perigo – e o Sp. Braga pode dar-se por muito satisfeito com a derrota que trouxe da capital italiana. Sem favor, podia ter sofrido mais cinco ou seis golos.

Entre remates aos ferros, ao lado, mais defesas de Matheus e bolas tiradas em cima da linha, a equipa orientada por Claudio Ranieri coleccionou oportunidades atrás de oportunidades, mas só conseguiu marcar mais um golo nos primeiros minutos da segunda parte, numa transição rápida em que o francês Manu Koné deixou para o saudita Saud fazer o 2-0.

Era demasiado fácil para a Roma chegar à área bracarense, mas era difícil marcar golos. O que Matheus não agarrava ia para todo o lado menos para a baliza. Até que aos 68’ o guardião brasileiro resolveu não destoar do resto da equipa. Saiu da sua área para tentar acabar depressa com um ataque da Roma, mas chegou atrasado. Saud tentou um chapéu ao brasileiro, mas estou tocou na bola com o braço e foi justamente expulso.

A verdade é que, a jogar com dez, os minhotos conseguiram, finalmente, criar algum perigo, com um remate de Adrian Marín que bateu na malha lateral da baliza defendida por Mile Svilar. Se tivesse entrado, talvez tivesse feito alguma coisa para elevar os níveis de energia do Sp. Braga, mas não entrou, e tudo continuou na mesma. Quase tudo, porque a Roma ainda conseguiu marcar mais um, já na compensação, por Hermoso, na recarga após uma defesa incompleta de Hornicek a um primeiro tiro de Ndicka.

O 3-0 já era um bocadinho mais de acordo com o que se tinha passado no Olímpico de Roma, mas fica a sensação de que podia ter sido bem mais. Este Sp. Braga tem muitos problemas e Carlos Carvalhal vai ter de ser criativo para os resolver.

Sugerir correcção
Comentar